Entre os corredores silenciosos e sombrios, ele encontrou tomos que carregavam segredos ocultos, conhecimentos que haviam sido relegados à margem da tradição religiosa.
Os textos proibidos eram um convite irresistível para a mente ávida de James. Eram como portais para um reino desconhecido, prometendo revelar verdades ocultas e mistérios inexplorados. Os ensinamentos da “Magia Negra”, como eram popularmente conhecidos, despertaram seu interesse. Ele acreditava que, para alcançar a verdade plena, era necessário explorar todos os cantos do conhecimento, independentemente de quão sombrio fosse o caminho.
Enquanto muitos temiam esses textos e os viam como uma ameaça, James os via como uma oportunidade de expansão. Ele não aceitava a dicotomia entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão, como algo absoluto. Em sua mente curiosa, havia um espaço para explorar os aspectos menos compreendidos da existência, acreditando que somente através da compreensão completa se poderia encontrar a verdade plena.
A busca de James pelos ensinamentos da “Magia Negra” era meticulosa e deliberada. Ele estudava as palavras, desvendava símbolos e mergulhava nas práticas que eram consideradas perigosas. Ele lia sobre rituais obscuros, invocações e os poderes que poderiam ser obtidos através de tais práticas. Sua mente crítica e analítica o levava a questionar cada aspecto, a separar o mito da realidade, a entender as razões por trás de cada ensinamento.
Essa exploração o levava cada vez mais longe dos ensinamentos convencionais do mosteiro. Ele se tornava um explorador solitário em um território inexplorado, enfrentando os desafios de sua busca por sabedoria. No entanto, essa busca não era desprovida de consequências. Enquanto os anciãos viam a paixão e a curiosidade em suas ações, eles também sentiam uma crescente inquietação. Era como se ele estivesse se aproximando de algo que estava além de sua compreensão, algo que poderia mudar o curso de sua vida.