A frieza aparente que os anciãos haviam notado agora parecia mais pronunciada. James estava absorto em seus estudos, muitas vezes alheio às preocupações e aos sentimentos dos outros. Sua busca o levava a uma jornada solitária, uma jornada que o afastava ainda mais das conexões humanas. Ele se isolava tanto física quanto emocionalmente, enquanto seu compromisso com o conhecimento profundo se tornava mais evidente.
Enquanto James continuava sua exploração nos recantos mais escuros da biblioteca, a tensão entre ele e os anciãos crescia. Sua paixão pela busca pela verdade estava começando a ultrapassar os limites do que era aceitável. Eles temiam que ele estivesse se perdendo nas sombras, que sua curiosidade incansável o estivesse conduzindo a um lugar do qual ele não poderia retornar. O dilema entre permitir que ele siga sua busca e protegê-lo do desconhecido pesava nos corações daqueles que o observavam.
O mosteiro era um lugar de silêncio, meditação e reflexão. No entanto, as preocupações que giravam em torno de James haviam se tornado tão intensas que não podiam mais ser silenciadas. Uma reunião da cúpula do mosteiro foi convocada, uma reunião que buscava abordar as preocupações que pairavam sobre o jovem monge. Eles sabiam que era hora de intervir, de confrontar James com as inquietações que estavam pesando sobre ele.
Após a reunião, o ancião mais velho foi escolhido para essa tarefa. Sua sabedoria e experiência o tornavam a escolha perfeita para essa delicada conversa. Ele se aproximou de James com uma serenidade que era um reflexo de sua idade avançada, mas havia um peso em seu olhar, um peso que refletia a gravidade do que ele tinha a dizer.
Eles se encontraram em um canto tranquilo do mosteiro, onde o som suave do vento e o brilho tímido do sol criavam um ambiente sereno. O ancião olhou profundamente nos olhos de James, como se pudesse enxergar além das palavras que seriam ditas. E então, com uma voz calma e experiente, ele começou a falar:
-“James,” disse o ancião,
– Soube das suas buscas nos textos proibidos, das descobertas que você fez e das ideias que agora ocupam sua mente. Entendo sua curiosidade e sua paixão por descobrir a verdade que se esconde nas sombras, mas é meu dever como ancião e guia espiritual alertá-lo sobre o que você está prestes a enfrentar.