O paradoxo de James era que ele buscava a verdade para iluminar o mundo, mas muitas vezes sua busca pela verdade o levava a uma escuridão ainda mais profunda. Sua mente brilhante não conseguia processar as complexidades da emoção humana, e suas ações, embora guiadas por uma busca pela justiça, muitas vezes resultavam em desconexão e confusão.
O nome “Lux e Ferre”, que ecoava em sua mente desde aquela noite sombria de estudo, parecia se enraizar cada vez mais em sua própria identidade. Ele via a si mesmo como um portador da luz da verdade, mas também reconhecia a crueldade da escuridão que muitas vezes essa verdade trazia. Sua busca incessante o mantinha em um estado constante de inquietude, uma inquietude que o separava ainda mais do mundo ao seu redor.
Enquanto James Petit continuava sua busca incansável pela verdade, seus estudos nas ciências ocultas começaram a revelar resultados fascinantes e perturbadores. Cada página dos antigos textos parecia adicionar uma nova camada de clareza a seus pensamentos já perspicazes, embora cada vez mais afastados da esfera social. Sua mente, afiada como uma lâmina, absorvia conhecimento com uma voracidade insaciável.
Com o tempo, James começou a perceber que suas leituras não eram apenas um amontoado de informações, mas sim peças de um quebra-cabeça muito maior. Ele começou a enxergar a convergência de diferentes civilizações e religiões ao longo da história. Seus estudos o levaram a vislumbrar uma tapeçaria complexa de crenças e saberes, todas interligadas por um fio invisível de sabedoria ancestral.
A racionalidade de James encontrou espaço para integrar todas as suas leituras e experiências de vida, formando uma teia de entendimento que transcendia os limites das tradições isoladas. Ele percebeu que, embora cada civilização tivesse seus próprios guias espirituais e divindades, havia uma interconexão surpreendente que unia todas essas narrativas.
Esse conhecimento trouxe a James uma sensação de clareza e confiança. Ele começou a ver a realidade de uma perspectiva mais ampla, como se tivesse acesso a um conhecimento universal que abrangia todas as fronteiras culturais e religiosas. Seus estudos o levaram a compreender que, por trás das aparências superficiais, havia uma verdade subjacente que transcendia os dogmas e as diferenças humanas.