A sua abordagem cuidadosa e questionadora refletia a sua natureza investigativa e a busca constante por uma verdade mais profunda, mesmo em meio a um caso aparentemente claro. James estava pronto para se envolver e explorar cada detalhe, ciente de que a verdade poderia estar oculta em camadas mais complexas do que inicialmente aparentava.
O chefe de polícia lançou um olhar para sua equipe e respondeu prontamente a James:
-“O senhor não está autorizado a interrogar o acusado.”
Aceitando a resposta sem questionar, James pegou sua caneta, que estava sobre a caderneta, e a colocou em sua pasta. Ele se levantou da cadeira e dirigiu-se ao chefe de polícia, dizendo:
-“Muito bem, entendo perfeitamente essa restrição. Desejo sorte ao gabinete na elucidação do caso e sugiro que busquem mais informações sobre o acusado antes de considerá-lo culpado de qualquer acusação. Adeus.”
Após sair da delegacia, James fechou a porta do carro e deu partida. Contudo, um policial estava se aproximando correndo e ofegante, alcançando James antes que ele pudesse partir. O policial disse:
-“O chefe reconsiderou o seu pedido.”
Aquela mudança de decisão não parecia ser algo que a polícia estava confortável em fazer, mas naquele momento, era a única opção viável. O soldado Tim Egon havia se mantido em silêncio, afirmando que só falaria caso James Petit fosse seu defensor.
O caso era complexo, envolvendo dois poderes culturais extremamente significativos: a Igreja e sua influência, e a Guarda Suíça com sua notória segurança. Apesar disso, o caso não havia ganhado grande repercussão. Estava sendo tratado como o ato de um soldado que viu uma oportunidade ao acaso e subtraiu documentos de valor histórico moderado.
James sabia que sua jornada na investigação estava apenas começando, e ele estava determinado a buscar a verdade por trás dos eventos aparentemente simples. Sua mente analítica estava afiada, e sua vontade de desvendar a verdade o impulsionava adiante. Com sua perspicácia, ele estava pronto para desvendar os mistérios que envolviam o soldado Tim Egon e os documentos do Vaticano.
James foi direcionado a uma sala fechada, típica de uma central de polícia francesa. A sala tinha uma atmosfera austera, com paredes brancas e iluminação fluorescente. Havia apenas uma mesa no centro da sala, com duas cadeiras dispostas frente a frente. James escolheu uma das cadeiras, colocando sua caderneta e caneta sobre a mesa, e aguardou pacientemente por cerca de 30 minutos.
Finalmente, a porta se abriu e o soldado Tim Egon foi conduzido para dentro da sala por dois policiais. Tim estava algemado e, assim que entrou na sala, as algemas foram retiradas, sendo substituídas por um suporte que o prendia à mesa. James observou Tim com atenção, notando sua estatura alta e robusta, contrastando com o olhar assustado que ele carregava.