À medida que o sol se punha e o escritório se envolvia em uma penumbra suave, eles finalmente se permitiram encerrar o trabalho do dia. Os manuscritos permaneciam dispostos na mesa, contendo informações que poderiam mudar a compreensão da história como a conheciam. Com um olhar mútuo de satisfação e determinação, eles trocaram palavras de despedida, sabendo que amanhã continuariam sua busca pela verdade.

     James deixou o escritório com a mente repleta de pensamentos e reflexões. A luz do luar banhava o caminho à sua frente, criando um ambiente sereno. Enquanto dirigia pelas ruas silenciosas, ele se pegou pensando não apenas nos manuscritos, mas também na jornada que ele e Camille estavam compartilhando. Uma jornada em busca da verdade que emergia da escuridão, uma busca que os estava aproximando não apenas dos segredos do passado, mas também um do outro.

      Chegando em sua casa solitária e solitário ele tem um pressentimento estranho e logo ao entrar na sala, percebe um papel ao chão, ele tinha certeza que não havia nenhum papel que pudesse ter caído por ali, sentiu como se alguém o observa-se, rapidamente averiguou se alguém pudesse estar por alí, então percebe a janela aberta, a mesma janela de frente a oliveira que ontem observava o ser maligno. 

       Com um nó de apreensão se formando em seu estômago, James se aproximou da folha no chão. Apanhou o papel e o examinou cuidadosamente. Era uma folha de papel envelhecido e dobrado com precisão. Ele desdobrou o papel com mãos trêmulas, revelando uma caligrafia elaborada e antiga. As palavras escritas eram poucas, mas sua mensagem era perturbadora:

“A dualidade da sabedoria revelará a verdade que você busca.”

       A frase ecoou em sua mente, remexendo suas inquietações e suspeitas. Ele tinha a sensação de que aquilo não era um mero acaso, mas sim um aviso direcionado a ele. A referência à dualidade trouxe à tona lembranças do sussurro assustador que o acordara durante a noite. Era como se todas as peças do quebra-cabeça estivessem começando a se encaixar, mas ainda faltavam peças essenciais.

     A janela entreaberta chamou sua atenção novamente, e ele se aproximou dela com cautela. O vento da noite mexia suavemente as cortinas, e ele olhou para a oliveira, relembrando a visão fugaz da figura vestida de preto. Seria possível que tudo estivesse conectado? A presença maligna, o sussurro ameaçador e agora essa mensagem enigmática.

   James sentia-se como se estivesse em um jogo de xadrez com um adversário invisível, onde cada movimento podia ser um passo em direção à revelação ou à perdição. Ele sabia que precisava enfrentar essa situação de frente, confrontar seus medos e buscar as respostas que tanto ansiava.

     Decidido a desvendar o mistério que o cercava, James se recolheu naquela noite com a firme determinação de não permitir que o medo o paralisasse. Ele sentou-se em sua mesa, iluminada por uma única lâmpada, e abriu os manuscritos medievais novamente. As palavras antigas ganhavam vida diante de seus olhos, e ele estava disposto a decifrar cada enigma, a enfrentar cada desafio, em busca da verdade que emergia da escuridão.