Efeitos
BINEURAL EXPERIENCE

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FONE OUVIDO
Tinder-like Swipe

Jesus Cristo é visto como o Deus do céu, filho de José e da Virgem Maria 

– Nascido em 25 de Dezembro

– Uma estrela guiou três sábios até o local onde ele estava

– Teve  12 discípulos

– Fez milagres 

– Ressuscitou Lázaro dos mortos

– Alguns de seus títulos: A verdade, a luz, o caminho, o bom pastor, o messias, luz no mundo, estrela da manhã

– Foi crucificado e ressuscitou

             – Visualize isso sem preconceitos, sem os conceitos que foram implantados em nossas mentes ao longo do tempo. Esqueça o que lhe disseram sua família, amigos ou qualquer pessoa que tenha cruzado seu caminho. Ou seja, livre-se da tradição oral que moldou nosso passado. Apenas observe as imagens e me diga que não vê o símbolo solar predominante em muitas representações de figuras notáveis da história. Ísis tem o símbolo acima de sua cabeça, assim como Maria e Jesus.

Ele apontou para detalhes nas imagens, destacando números, datas e evidências.

          – Os sumérios, a civilização pré-egípcia, acreditavam que todos morriam duas vezes.

“A primeira vez quando a alma deixava o corpo físico, ou seja, a morte física. A segunda vez era quando o seu nome era pronunciado pela última vez.”

Essa crença permeava sua cultura.

Ele olhou para Camille, a expressão séria e os olhos cheios de inquietação.

           – Foi exatamente como Alexei me disse: ‘A percepção é uma realidade‘. Nós criamos Jesus, o filho de Deus, por uma necessidade intrínseca de ter algo superior em que acreditar. Atribuímos a alguém ou algo os fatores que dão errado em nossas vidas e assim compartilhamos o fardo de nossas falhas.

A sala estava carregada com a profundidade das descobertas e a sensação de que a história estava sendo reescrita diante de seus olhos. 

Camille, cada vez mais convencida, questiona:

         – A história de Jesus então é como se fosse aquele amigo que consola nos momentos difíceis dizendo que ‘Isso acontece, tudo vai dar certo, você é forte’?

James acena positivamente com a cabeça e responde:

        – Exatamente, Camille. A história de Jesus e a figura religiosa em torno dele têm servido como um conforto, uma narrativa que nos dá esperança e nos faz sentir que somos apoiados nos momentos difíceis.

Ele então continua:

      – Alexei, sob a perspectiva da Igreja, era visto como Lúcifer, o portador da luz para o povo, e como o Anticristo pela Igreja. Mas, na verdade, a crua e dolorosa verdade para nós é que…

Ele pausa por um momento, como se as palavras fossem pesadas demais para serem ditas em voz alta.

      – É que a Igreja desempenhou um papel de criadora de percepção, guiando-nos de forma mais confortável pela vida com uma história que parece mais plausível, mas não necessariamente detendo a verdade absoluta.

        A sala estava carregada com a profundidade das revelações, a sensação de que as estruturas que sustentavam a percepção do mundo estavam desmoronando e uma sensação de desamparo diante de uma realidade que parecia frágil e volátil. O véu estava sendo rasgado e a verdade emergia, por mais perturbadora que fosse.

       As horas pareciam passar rapidamente, e as mentes de James e Camille estavam sobrecarregadas pelo turbilhão de informações e questionamentos. Tentando processar um novo contexto histórico e uma realidade que se transformava diante de seus olhos, eles silenciaram por um tempo para refletir.

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