Sem hesitar iniciaram o procedimento de resgate, solicitando os paramédicos e tentando reanimar Camille da forma que fosse possível naquele momento. James sem entender, fora contido pelos policiais que o informaram:
– O Senhor permaneça sentado, está detido até que possamos averiguar os fatos.
Os paramédicos chegaram rapidamente e, após realizar os procedimentos médicos iniciais, olharam para James com expressões de perda. Em um tom grave, um deles se aproximou e disse com pesar:
– Lamento muito, senhor, mas a senhora já está sem vida há algum tempo. Não há nada que possamos fazer.
As palavras atingiram James como um raio. Ele olhou para o corpo inerte de Camille, seus olhos se enchendo de lágrimas enquanto a dor da perda o consumia. Tentou, desesperadamente, realizar algum tipo de ressuscitação milagrosa por sua parte, mas os paramédicos gentilmente o afastaram, explicando que não havia mais esperança.
O policial que estava presente puxou as algemas e pediu para que James não resistisse, pois estava sendo detido em flagrante por possível assassinato. A realidade cruel e dolorosa estava diante dele, e a sensação de impotência o inundou, levando-o a uma profunda agonia.
James, sem forças para expressar ou reagir, estendeu seus punhos, permitindo que o policial o algemasse. Sua mente estava em um turbilhão de emoções, incapaz de compreender completamente a realidade dos acontecimentos. Parecia que ele havia sido arrancado abruptamente de um paraíso efêmero e arremessado em um inferno ardente de desespero.
A pergunta que ecoava em sua mente, repetidamente enquanto ouvia a catraca das algemas se fechando em seu punho, era se aquilo poderia ser apenas um pesadelo, um terrível devaneio do qual ele logo acordaria. Mas a dor que o corroía, a sensação de perda profunda e irreparável, era tão avassaladora que não havia espaço para ilusões. A realidade era cruel, e James estava mergulhado em um abismo de sofrimento e tormento.
Em um estado de choque profundo, James foi conduzido para o interior da viatura policial. Os policiais agiram com rapidez, iniciando imediatamente a investigação do caso e chamando os especialistas forenses para assumirem a cena do crime. Tudo estava ocorrendo de forma tão ágil e organizada que parecia que eles já estavam preparados e esperando por essa situação. Nada parecia surpreender ou abalar a calma dos policiais, e todas as ações aconteciam de forma quase sincronizada com os terríveis eventos que se desenrolavam diante deles. O tempo, para James, perdeu qualquer noção de racionalidade; tudo acontecia de maneira implacável e vertiginosa.
A casa rapidamente se encheu de especialistas encarregados da investigação. Confrontados com a cena diante deles, mesmo os mais experientes não puderam evitar serem profundamente perturbados. O corpo de Camille havia sido cruelmente mutilado com um objeto cortante, com marcas evidentes em seus braços, pernas, tórax e genitália. Em seus braços e pernas, havia letras rabiscadas de forma aparentemente sem sentido. Entre seus seios, um pentagrama invertido havia sido gravado, e em sua genitália, um pedaço de madeira antiga e deteriorada fora inserido de maneira grotesca. A brutalidade da cena era aterradora, mesmo para aqueles com anos de experiência na investigação de crimes.