Assim como Jó, James estava determinado a manter sua fé e integridade, independentemente das circunstâncias. Ele tinha visto e oriundo do pior da humanidade, testemunhado o mal em seu estado mais puro, mas agora ele abraçava a luz e a verdade que havia encontrado em sua epifania na cela escura.
Lembrou e refletiu sobre os testemunhos do antigo testamento “Então Deus permitiu que Lúcifer submetesse Jó a um teste podendo tocar em tudo que Jó possuía exceto em sua vida. Assim Lúcifer o fez, tirou tudo de valioso na vida de Jó, seu gado, suas riquezas e seus amores. Então Jó em um momento de desespero, raspou sua cabeça, rasgou suas vestes, jogou-se ao solo de joelhos e adorou Deus.”
James perceberá que os textos Bíblicos se originam de um tempo que ainda não compreendemos, que a história se refaz, que é contada oralmente de gerações para gerações e que o único propósito é guiar o rebanho e edificar o povo a caminho da razão edificando para o bem.
De nada adiantaria revelar datas falsas aos profetas, a história vazia dos Reis em busca de reconhecimento a criação de 300 anos da história inexistentes, origens autenticando e atribuindo valores a quem se quer deseja ser reconhecido, pois o desejo do real criador é amar. Reconheceu que a palavra em si é limpa, clara e genuína e que ela por si só não se deixava contaminar, percebeu que a contaminação vem do pecado do ser e assim somos. Então James colocou-se de joelhos e seguindo os passos de Jó como seu guia ele adorou, reconhecendo o momento de provação e disse as mesmas palavras de Jó:
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei;
o Senhor me deu e o Senhor tomou;
Bendito seja o nome do Senhor.” Jó (1:21)
Nesse momento, quando James se ajoelhou e proclamou as palavras de Jó, algo extraordinário aconteceu. Uma luz ofuscante começou a emanar do ser sombrio e começou a rasgar seu peito, envolvendo-o em um halo divino. O metamorfo maligno que o encarava com ódio agora estava impregnado por uma luz tão pura e radiante que era quase impossível olhar diretamente para ele.
A energia que havia criado o caos absoluto agora se transformava em algo majestoso. O barulho ensurdecedor cedeu lugar a uma sinfonia celestial, uma harmonia que transcendia a compreensão humana. A luz intensa não queimava, mas irradiava calor, um calor acolhedor que envolvia James como um abraço divino.
E então, tão miraculosamente quanto começara, o silêncio tomou conta do espaço. A vibração da energia cessou instantaneamente, como se o próprio universo tivesse feito uma pausa para testemunhar o milagre que ocorria ali. James estava de joelhos, com as mãos protegendo seu rosto da intensa luz, mas agora ele ousava olhar para cima.
O ser sombrio havia sido transformado. A malignidade e a escuridão que o definiam desapareceram completamente. No lugar daquilo, havia uma figura radiante, um ser de luz e pureza indescritíveis. Seus olhos, agora ternos e compassivos, encontraram os de James. Era como se uma presença divina estivesse ali, transmitindo amor, perdão e redenção.
A voz daquele ser angelical ecoou na mente de James com uma suavidade celestial, e suas palavras penetraram profundamente em seu coração. Era como se as Escrituras sagradas estivessem sendo reafirmadas ali, naquela cela escura.
– “O amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.”