As feridas de Mary eram mais do que meramente físicas; eram um reflexo visceral da selvageria que se infiltrara na sociedade. Enquanto trabalhavam incansavelmente para estabilizar seu frágil estado, os médicos compartilhavam olhares carregados de significado. Eles haviam visto os horrores antes, mas as marcas que marcavam o corpo e a alma de Mary eram um reflexo pungente da monstruosidade crescente da escuridão na humanidade, era como se fosse um sinal deliberado do mal subliminarmente informando a todos “Eu estou de volta”.

         Os monitores ao lado da cama de Mary emitiam uma sinfonia constante de zumbidos e assobios, acompanhados pelo batimento irregular de seu coração. Seu estado era um equilíbrio precário entre a vida e a morte, uma dança frágil na beira de um precipício. Os dias se desenrolaram como um borrão, uma névoa confusa de dor e agonia que a deixava flutuando entre a realidade e o desconhecido.

             Os murmúrios compassivos das enfermeiras preenchiam o quarto, enquanto elas trabalhavam diligentemente para administrar cuidados e conforto a Mary. Seus olhos, cheios de compaixão, encontravam os de Mary em busca de algum sinal de consolo. A história de Mary, uma narrativa de horror que transcendia a compreensão, tocava os corações daqueles que a cercavam.

         Enquanto os dias se transformavam em semanas, Mary permanecia em um limbo doloroso. Seu corpo, uma paisagem de dor e cicatrizes, tornou-se um testemunho silencioso de sua luta pela sobrevivência. Cada batida de seu coração era uma ode à resiliência humana, uma declaração audaciosa de que ela não seria derrotada pela escuridão que a havia envolvido.

         Gradualmente, o corpo de Mary começou a cicatrizar, suas feridas físicas começando a curar. No entanto, as cicatrizes emocionais eram mais profundas e complexas. Enquanto ela lentamente emergia do abismo da quase morte, enfrentava uma jornada tortuosa em direção à recuperação psicológica. Cada pensamento, cada sonho, era habitado pelas imagens horríveis daquela noite fatídica.